CONCERTO #2 - 7 JUNHO - SDC '22


Semana da Composição 2022 | 6 a 11 de junho

Escola Superior de Música de Lisboa

3ª Feira, 7 junho, 21h | Grande Auditório



Programa:


Ana Roque  | Breaking News - contrabaixo solo

Contrabaixo - Evanilda Veiga

no·vi·da·de

 1. Qualidade de novo.

 2. Informação recente = NOTÍCIA

 3. O que se vê pela primeira vez.

 4. Alteração inesperada no andamento regular das coisas.

 5. Coisa rara.

 6. Primeira colheita ou conjunto dos primeiros frutos do ano.

 "novidade", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa


Jaime Reis | Nœud.Navire. - violoncelo e contrabaixo amplificados (Obra cancelada)

Duo Contracello: 
Violoncelo - Miguel Rocha
Contrabaixo -  Adriano Aguiar

Iniciei, em 2018, uma abordagem à composição que remete para processos autotélicos. O desenvolvimento dos materiais provém de elementos intrínsecos à obra. O nó (nœud) encarna a essência do percurso, orienta o navio (navire).


Mafalda Lemos | Formigueiro - voz, flauta, violoncelo e piano (Obra cancelada)

Voz - Rita Abrunhosa; 
Flauta - Ondina Osterdahl; 
Violoncelo - Inês Vaz Torres
Piano - Pedro Guilherme Costa


Débora Coquim | Aperçu - contrabaixo e eletrónica

Contrabaixo - Nuno Dionísio

Aperçu é uma peça inspirada na palavra de origem francesa “aperçu”, que significa visão geral, resumo de um assunto, de uma ideia. Neste caso, é a visão de um breve diálogo entre o Contrabaixo e a Eletrónica, diálogo esse que nos transporta para um mundo misterioso.


Miguel Tiago Moura | The Last Rose of Summer - piano solo

Piano - Miguel Tiago Moura

Prelúdio sobre poema de Thomas Moore.


António Capela | Sinfonia di Paradiso - clarinete, violino, violoncelo e piano;

Clarinete - José Maria Matias
Violino - Vicente Sobral
Violoncelo - Hugo Estaca
Piano - António Capela


Rodolfo Valente | Refúgio - violoncelo e eletrónica

Violoncelo - Inérzio Macome

Esta peça foi encomendada para um projeto didático, envolvendo encomendas de 21 peças para instrumento solo e eletrônica a 21 compositores, com um nível técnico adequado a alunos de 13 a 15 anos. Portanto, optei por compor uma peça que explorasse mais as diferentes formas de emissão sonora do instrumento do que um discurso propriamente centrado na articulação de alturas. O resultado é um desenvolvimento bastante lento, quase estático, com menos atividade da mão esquerda do instrumentista e mais na mão direita, nas técnicas de arco e pizzicato. O nome refúgio não se refere a algum retiro idílico, mas assim como meu quarteto diáspora, escrito do mesmo ano, faz alusão à situação dos refugiados dos conflitos no Oriente Médio. Pensei na sensação de quem chega em uma terra desconhecida, vendo-se diante de uma situação completamente nova e possivelmente estranha. Talvez uma alusão também à vivência metafórica dos estudantes que por esta peça talvez tenham uma de suas primeiras experiências com a música contemporânea, especialmente a música com eletrônica, tendo de se situar neste novo contexto. Há aqui também um certo estranhamento entre as partes eletrônica e instrumental, que interagem e convivem sem nunca provocarem a ilusão de se fundirem completamente.


Luís Oliveira | Aulos - duo de oboés e eletrónica

Oboés - Miguel Dias e Sara Neves;


Carlos D. Perales | Zefiro, dal lamento alla gelosia (1º Andamento) - oboé e eletrónica

Oboé - Sara Neves

Zefiro, deus do vento ocidental, era, segundo a mitologia grega, o mensageiro da Primavera. É representado na iconografia como um homem jovem, com asas de borboleta ou de fada, sem urso, meio nu e descalço, parcialmente coberto por um manto mantido nas suas mãos, do qual transporta e espalha uma grande quantidade de flores.

Segundo um dos mitos, Zefiro, apaixonado por Jacinto, competiu com Apolo pelo amor do belo e atlético príncipe espartano. Depois de falhar antes de Apolo, Zefiro enlouqueceu de ciúmes e mais tarde, quando os apanhou a praticar o lançamento do disco, Zefiro enviou-lhes uma rajada de vento, e o disco, caindo, atingiu Jacinto na cabeça e ele morreu instantaneamente. Com o sangue do rapaz morto, Apolo faria a flor que leva o seu nome.

Apolo ficou furioso, mas Eros protegeu Zefiro, como o acto teria sido feito em nome do amor, tudo com a condição de que o deus do vento ocidental servisse para sempre o deus do amor.


Iannis Xenakis Rebonds A e B - multipercussão

Percussão - Paulo Amendoeira