Conferências e Workshops - SDC '22


Semana da Composição 2022 | 6 a 11 de junho

Escola Superior de Música de Lisboa

Conferências e Workshops


2ª feira, 6 de junho | 10h30 - 12h30

Nuno da Rocha | INFERNO, notação não exacta - objecto exacto?

Simão Costa | Música para piano e parafernália variada


3ª feira, 7 de junho | 10h30 - 12h30

Marco Bidin Workshop Open Music (online)


4ª feira, 8 de junho | 10h30 - 12h30

Malgorzata Walentynowicz | New possibilities for Piano Performance


5ª feira, 9 de junho | 10h30 - 12h30

Cândido Lima e Ângela Lopes Obras de  Ângela Lopes e Cândido Lima: Música acusmática, mista, de câmara, sinfónica e multimedia


6ª feira, 10 de junho | 10h30 - 12h30

Carlos Marecos com as sopranos Cláudia Anjos, Joana Alves e Maria Teresa Santos | Interpretação Vocal: uma experiência prática a partir da interpretação ao vivo de três cantoras e do debate posterior com o compositor

Diogo Alvim | Música através da Arquitectura - Contributos para uma Pratica Expandida da Composição


Nuno da Rocha:

Nuno da Rocha é licenciado em composição pela Escola Superior de Música de Lisboa. É doutorando em composição na Royal Academy of Music, em Londres.

Ganhou o 3º Prémio do Concurso de Composição da SPA / RTP (setembro de 2012) com a peça O que será do rio without John Cage?, para orquestra barroca.

Em outubro de 2015, a Orquestra Gulbenkian e a maestrina Joana Carneiro estrearam a peça RESTART. Nesse ano, Nuno da Rocha foi o Jovem Compositor em Residência na Casa da Música.

Em novembro de 2016 foi lançado o seu primeiro álbum monográfico, Mesmo que faça frio, reunindo todas as suas obras para vozes brancas. Em outubro de 2019 foi lançado o segundo álbum monográfico, O que será do rio, com todas as suas obras para orquestra barroca.

Em dezembro de 2019 a sua peça RESTART recebeu o 1º Prémio do Concurso de Composição da Arts Society - London.

Em janeiro de 2020 foi estreada a sua peça INFERNO, para Coro, Orquestra e Multi- instrumentista. A obra é uma encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Em janeiro de 2023. será estreada a sua ópera PARAÍSO, com a soprano Eduarda Melo e a companhia de dança espanhola La Veronal.

Nuno da Rocha


Simão Costa:

Simão Costa (n. 1979) é músico, pianista, compositor e artista transdisciplinar.

O seu trabalho encara o SOM como material plástico, tangível e físico explorando-o na sua dimensão musical, fenomenológica, perceptiva, visual e cultural.  

Trabalha composição, improvisação, código, exposições/ instalações, circuit bending, sonorização de dados a solo e em colaboração com outros músicos, artistas visuais, performers, atores, encenadores, bailarinos e coreógrafos.

A solo e/ou em co-criação com outros artistas, mantém colaborações regulares [coletivos] com: Marta Cerqueira (Dança de Materiais Inertes - coleção), João Calixto (ISAsound box), Yola Pinto (YPSC_Transduction), Ana Trincão, Sónia Moreira. (SAS Orkestra de Rádios).

É membro fundador e diretor artístico da MãoSimMão - ac.

Podemos encontrar o seu trabalho em palco, em disco, em código, em galeria, em museu, na rua, em livro, tocando as áreas da música, artes performativas e das visuais contemporâneas. Como artista visual expõe individualmente e coletivamente desde 2007. O seu trabalho foi apresentado em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Polónia, Holanda, Reino Unido, Itália, Suécia, Áustria, Estónia, Roménia, Brasil, Chile e Uruguai.

Vive e trabalha em Lisboa.

Simão Costa | ©João Catarino

Marco Bidin:

Marco Bidin é um compositor, organista e cravista italiano.

Após a sua formação em Órgão em Itália, mudou-se para a Alemanha para estudar Música Antiga em Trossingen e Performance de Música Contemporânea em Stuttgart. 

Completou também o curso de Composição e obteve o Certificado de Estudos Avançados em Computer Music sob a orientação do Professor Marco Stroppa.

Marco Bidin é internacionalmente activo como compositor, performer e professor. Foi professor no Estúdio de Música Eletrónica do HMDK e professor auxiliar no HfM Karlsruhe. Deu conferências, cursos e foi intérprete como solista a nível mundial, em instituições como IRCAM (Paris, France), Conservatório de Shangai (China), Universidade Pai Chai (Coreia do Norte), Universidade Silpakorn (Tailândia), entre outros. As suas composições foram interpretadas na Alemanha, França, Portugal, Canadá, Coreia do Sul, Japão e China.

Marco Bidin é o co-fundador e director artístico da associação italiana NGO ALEA. Na Alemanha é o vice-presidente da Wilhelm Bernhard Molique Gesellschaft (Stuttgart). É criador e diretor artístico dos concertos online internacionais Hypersounds, dedicados a Música Eletrónica, Música Mista e Improvisação Experimental.


Marco Bidin


Malgorzata Walentynowicz:

Nascida em Gdańsk (Polónia). Walentynowicz formou-se na Academia de Música em Gdańsk, Hochschule für Musik und Theater em Hannover, e na Hochschule für Musik und Darstellende Kunst em Stuttgart, onde obteve um diploma de honra na interpretação de música contemporânea, após estudos com Nicolas Hodges.

Actualmente dedica o seu trabalho de interpretação a música nova como solista, em ensembles, e com orquestras. Participa regularmente em projectos com multimédia, arte performativa e elementos de teatro musical.

Małgorzata Walentynowicz ganhou o 1º Prémio no 37º Concurso de Intérpretes Gaudeamus em Amesterdão e o 1º Prémio no Yvar Mikhashoff Trust for New Music Competition em Buffalo, Nova Iorque.

Para as suas interpretações de música contemporânea, foi-lhe também concedida uma bolsa de excelência em interpretação dos Cursos Internacionais de Verão de Música Nova de Darmstadt. Foi nomeada para o Classical: Next Innovation Award 2017 em Roterdão. 

Małgorzata Walentynowicz actuou tanto como solista como música de câmara em festivais e locais como MaerzMusik, Ultraschall Berlin, Warsaw Autumn Festival, Wittener Tage für neue Kammermusik, Rainy Days in Luxembourg, ECLAT Stuttgart, Klangspuren Schwaz, ISCM World Music Days, os Cursos de Verão de Música Nova em Darmstadt, SPOR em Aahrus, Acht Brücken Festival Cologne, Huddersfield Contemporary Music Festival, European Weeks Festival em Passau, Sacrum Profanum em Cracóvia, Tzlil Meudcan Tel Aviv, Cairo Contemporary Music Days.

Como solista tem-se apresentado nomeadamente com a Orquestra Filarmónica de Varsóvia, Orquestra da Rádio Polaca, Sinfonia Iuventus, Nova Orquestra de Música, Illinois Modern Ensemble, e Neofonia Ensemble.

As suas interpretações foram lançadas em CD's por Wergo, Genuin Classics, Bôłt Records, DUX e Polmic e foram gravadas por estações de rádio polacas e alemãs.

Małgorzata Walentynowicz actua com Ensemble Garage Köln e New European Ensemble the Hague.

Małgorzata Walentynowicz | ©Alessandro de Matteis


Cândido Lima:

Cândido Lima nasceu em 1939 em Viana do Castelo. Diplomou-se em Piano e Composição nos Conservatórios de Música de Lisboa e Porto como bolseiro da Fun-dação Gulbenkian e outras organizações organizacionais, e em Filosofia e Humani-dades na Faculdade de Filosofia de Braga. Doutorado pela Universidade de Paris I - Sorbonne, (e um Doctorat d’État inacabado). Estudou composição com Xenakis e direcção de orquestra com Gilbert Amy e Michel Tabachnik. Estudou Electroacústica e Informática Musical nas Universidades de Vincennes e Panthéon-Sorbonne, tendo estagiado no IRCAM e no CEMAMu. Foi bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura.

Colaborou na imprensa, e com o Ministério da Educação em reformas no en-sino da música. É autor das séries para televisão Sons e Mitos, Fronteiras da Músi-ca, No Ventre da Música, Evocações (ABZ de Júlio Montenegro), e para a Rádio, De toda a música, no Programa da Manhã de Júlio Montenegro (Prémio de Imprensa de 1987 - RDP/Antena 1). Foi responsável pela visita de alguns grandes músicos a Por-tugal, como o “Encontro com Xenakis” no Porto, no Cinema Trindade, 1973. Apresen-tou com Xenakis, em Lisboa, o UPIC/CEMAMu. Entrevistou Iannis Xenakis, Gyorgy Ligeti e Pierre Boulez. Escreveu ensaios e outros textos, publicados e inéditos. Foi o primeiro compositor português a utilizar em simultâneo, entre outros meios, com-putador, electroacústica e orquestra (Oceanos. A-mèr-es, etc.,). 

Ensinou, entre outras escolas, no Conservatório de Música e na Escola Supe-rior de Música do Porto (Professor Adjunto e Professor Coordenador). Presidiu à Ju-ventude Musical de Braga, ao Grupo Musica Nova, dirigiu os Conservatórios de Bra-ga e Porto. É colaborador da Enciclopédia Verbo desde 1972. Foi convidado por Pas-cal Dusapin, que lhe dedicou a obra “Canto”, a integrar o júri de selecção da Acadé-mie Européènne de Composition” (com W.Rhim, M.Lindberg, K.Huber, G.Benjamin e J. Dillon). 

Cândido Lima

Ângela Lopes:

Ângela Lopes (Arada, 1972) concluiu a licenciatura e o CESE na ESMAE (Porto), em 2000, na classe de composição do professor Cândido Lima. Estudou ainda com Virgílio Melo, com quem colaborou na realização electrónica de obras diversas e no grupo MC47 – grupo de música mista da ESMAE; com Filipe Pires e com Álvaro Salazar, partilhando com este último a edição do CD Dual. Em 2004, iniciou o Doutoramento na Universidade de Aveiro, sob a orientação e co-orientação dos compositores João Pedro Oliveira e Mario Mary (na Universidade Paris VIII), respectivamente. Participa habitualmente na realização técnica electroacústica de obras várias do compositor Cândido Lima como em CHANTIER-Melodias em Pedra (2019), BAGATELA PARA MARIMBA E ELECTRÓNICA-1770-2020 (Beethoven) (2020) ou, ainda, Três Regalos-Nova versão para saxofone contralto (2020), entre outras. Colabora e/ou participa com regularidade nos festivais Música Viva e DME/Dias de Música Electroacústica. Salienta-se a sua colaboração na projecção electroacústica das obras musicais Madonna of Winter and Spring, de Jonathan Harvey, na Casa da Música, no Porto (Música Viva 2007) e Mixtur, de Karlheinz Stockhausen, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa (Música Viva 2008), ou a sua participação, em parceria com o compositor Cândido Lima, no projecto A paisagem sonora em que vivemos, apresentado durante a 55ª edição do festival DME, em 2017; a sua participação na 3ª edição do Simpósio “Cultura e sustentabilidade”, no Lisboa Incomum, com a estreia da obra Reciclo-Recírculos e a comunicação Reciclo-Recírculos – em forma de sanza (reutilizar-reciclar), em 2019; bem como, a organização conjunta com o compositor Cândido Lima do concerto ARQUITECTURAS – O que vamos ouvir?, com música de ambos os compositores, na Casa das Artes (Porto, 2019). Compõe para formações diversas, música mista, música electroacústica e de multimédia, sendo a sua música interpretada em concertos em Portugal e no estrangeiro, em países como Brasil, Coreia do Sul, Espanha ou Holanda, por intérpretes de renome na música contemporânea. Compõe também música para teatro. Tem diversas obras obras publicadas em partitura, CDs e/ou DVDs, o último dos quais Ver os sons, ouvir imagens I, pelo Duo Contracello (edição Musicamera). É publicada também pelo Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa. É membro da Fondazione Adkins Chiti (Itália), da Associação de Compositores de Portugal e da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). 

Mais recentemente, tem composto por encomenda da associação Arte no Tempo, tendo duas obras em estreia nos 3os Reencontros de Música Contemporânea: Tempo de Diana, para conjunto instrumental e eletrónica e DITTY-DITTY, para viola d’arco e eletrónica.

É professora de Análise, Composição, Acústica Musical e Oficina de Música. Criou, em 2010 e 2014, respectivamente, as disciplinas de Tecnologias e Composição Musical e de Oficina de Música, ambas aprovadas pelo Ministério de Educação. Formou, durante doze anos, a direção pedagógica da Academia de Música de Santa Maria da Feira, entre 2000 e 2012. Actualmente, é presidente da Direção da Academia de Música de Santa Maria da Feira e, simultaneamente, integra o órgão colegial da Direção Pedagógica.

Ângela Lopes

Carlos Marecos:

Nasceu em Lisboa em 1963. Licenciou-se em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou, entre outros, com Eurico Carrapatoso, António Pinho Vargas e Christopher Bochmann.

Doutorado em Música pela Universidade de Aveiro, onde apresentou a tese “Interação entre estruturas intervalares e estruturas espectrais, na música instrumental/vocal”, sob a orientação de João Pedro Oliveira e Christopher Bochmann, como bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Prémio Lopes Graça de Composição de 1999 com a obra “Canções Populares Portuguesas” para soprano e piano e pelo segundo ano consecutivo ganhou o mesmo prémio na edição de 2000 com a obra “5 miniaturas para violoncelo solo”.

É diretor musical do “Ensemble Portátil” com os quais tem desenvolvido um trabalho na área da música contemporânea e na harmonização de música tradicional portuguesa.

Dirige também o ClusterLAB ensemble, com o qual desenvolve um trabalho de investigação baseado na prática, fomentando o ambiente de laboratório com sessões de leitura de obras ainda em fase de escrita, e que visa aprofundar o trabalho colaborativo entre compositores, músicos e maestros, culminando todo o processo com a apresentação das obras em concerto.

Tem recebido encomendas de diversas entidades como a Culturgest, o Serviço Acarte da Fundação Calouste Gulbenkian, a Expo 98 de Lisboa, OrquestrUtópica, Festival Internacional de Música do Estoril, Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça, entre outras.

Tem colaborado com o teatro e a dança contemporânea, com os encenadores João Brites, Raul Atalaia, Luís Miguel Cintra e Paulo Lages e as coreógrafas Madalena Victorino e Vera Mantero. Desde 2002 Marecos tem desenvolvido um trabalho regular com peças encenadas com uma equipa de artistas como a soprano Margarida Marecos, o ator e encenador Paulo Lages, o ator Guilherme Filipe, o cenógrafo Acácio de Carvalho e a figurinista Manuela Bronze.

A sua música tem sido apresentada em Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Dinamarca, Brasil, Colômbia e EUA.

É docente e investigador na Escola Superior de Música de Lisboa, onde desde 2013 coordena o Ramo de Composição e desde 2014 coordena também a Licenciatura em Tecnologias da Música. Lecciona ainda composição e análise na Universidade de Évora.

Carlos Marecos


Diogo Alvim:

Diogo Alvim trabalha na fronteira entre a música e a artes sonoras, explorando as suas interações com a arquitectura, e contextos específicos. Interessa-se por expandir a prática da composição musical enquanto dispositivo de investigação e transformação.

Estudou arquitectura e composição em Lisboa e fez um doutoramento em composição e artes sonoras no Sonic Arts Research Center da Queen’s University Belfast. A sua investigação explorou diferentes relações entre música e arquitetura.

Apresentou trabalhos em vários contextos, tais como: os Workshops da Orquestra Gulbenkian para Jovens Compositores (2008/9); Festival Música Portuguesa Hoje (CCB, 2008); Tribuna Internacional de Compositores (Unesco, Paris, 2009); Festival Synthèse 2009 (Bourges); Goldsmiths University (Londres, 2013); Museu de Arte Contemporânea (USP, Brasil, 2014); Belfast Festival 2014 (com Matilde Meireles); Sonorities Festival 2015 (com o Royal String Quartet); CNEAI (Pantin, França, 2018), CNB, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa (S, de Tânia Carvalho, 2018), Convento S. Francisco em Coimbra e Panteão Nacional (Festival Lisboa Soa com Matilde Meireles, 2020). 

Foi co-fundador e diretor artístico do Festival Underscore (Lisboa, 2017). Leciona artes sonoras na Licenciatura e no Mestrado de Som e Imagem na ESAD (Caldas da Rainha) e é investigador integrado do CESEM, FCSH-NOVA. Colabora com artistas plásticos, sonoros, coreógrafos e encenadores. diogoalvim.com

Diogo Alvim | ©Nuno Morão