Semana da Composição + Noise Floor 2024 | Programa 4ªF, 29 Maio

 4ª Feira, 29 de Maio




10h, Sala 0.100 (Cesem-IPL) | Paper Session C1
Erik Nyström: Unformation and information: more or less (than) human?
Dr Tenley Martin/Prof Nikos Stavropoulos: Bhang: The Bradford Dhol Project

Moderador / Chair: John Young

11h30, Sala 0.62 | Acousmatic Concert 3
Adam StanovicUnto the Sea [ca. 9']
Enrico DorigattiQuantum [ca. 8']
Tom WilliamsPiano Trace [ca. 9']
Shawn PinchbeckWhere the Bees Buzz [ca. 11']
Giuseppe E. RapisardaFuori è dentro [ca. 11']
Cristiana PalandriGemelli siamesi [ca. 9']
Jung Hyun LeeOpenings [ca. 5']

13h, Sala 2.21 | Paper Session C2
John Young: The Long and Short of Acousmatic Forms
Adrian Moore: The Electroacoustic Craftsperson
Adam Stanovic: Cheers To US.S..S... : quotation, allusion, and pastiche in electroacoustic music

Moderador / Chair: Tenley Martin

15h, Sala 0.62 | Acousmatic Concert 4
Erik Nyström, Unformation [ca. 11']
Nicola Fumo Frattegiani, Der hohle Zahn [ca. 5']
Cameron NaylorHere One Moment [ca. 10']
Taufan ter WeelProbability Density [ca. 6']
David WattA Scottish Minstrel's Songs of the Sea [ca. 15']
NTE [Napoli Totale Elettronica]: Andrea Laudante, Giuseppe Pisano & Paolo Montella, Non è un compendio di etologia numerico-digitale
Mikel KuehnBob In Variations

17h15, Pequeno Auditório | Performances 3
Andrea Laudante / Giuseppe Pisano / Paolo MontellaOn the prowl [ca. 15']
Lauren Sarah HayesSuspended in Gabba [ca. 15’]

Concerto Final | 20h, Grande Auditório

Alberto PiazzaNinna nanna per violino [ca. 2']
André Teixeira, violino solo

Nikos Stavropoulos (Noise Floor)Khemenu (acusmática) [ca. 9']

Tiago JesusPiano Study 3 - Toccata [ca. 6']
Alex Waite, Piano

Adrian Moore (Noise Floor)Voices in the Dark (acusmática) [ca. 6']

Augusta Read-ThomasAvian Escapades [ca. 13']
Lizart Quintet
Juliana Sousa, flauta
Sofia Rosa, oboé
Tomás Mendes, clarinete
Rodrigo Vasques, fagote
Henrique Cimbron, trompa


Pedro Faria Gomes,  2 canções de The Ways of Times: Nell Barnes e The Ways of Time
Gonçalo Martins, barítono
Francisco Sassetti, piano


Dimitris Savva (Noise Floor)Watering (performance) [ca. 17']


Notas de Programa:

Alberto PiazzaNinna nanna per violino [ca. 2']
André Teixeira, violino solo

Ninna nanna means lullaby in Italian. This short piece is intimate and delicate, but the lullaby also represents the transition from a conscious to an unconscious phase, and as such it also has a sense of mystery.

Ninna nanna significa canção de embalar em italiano. Esta pequena peça é íntima e delicada, mas a canção de embalar representa também a transição de uma fase consciente para uma fase inconsciente e, como tal, tem também um sentido de mistério.


Nikos Stavropoulos (Noise Floor)Khemenu (acusmática) [ca. 9']

The name of the work, Khemenu, is derived from Egyptian mythology and refers to The Ogdoad, a group of eight primordial deities worshipped in ancient Egypt. The group consisted of four male and female couples who are symbolising the balance between the primary elements of the cosmos. The notion of the Ogdoad (group of eight) is also found in early gnostic belief systems and ancient astronomy and cosmology (eight celestial bodies), as well as Chinese mythology (eight immortals). Eight is also the number of channels in a 2nd order Ambisonic recording (A Format), the technique used to capture the raw materials for the work. 
Khemenu is part of a series of works which explore the notion of aural microspace - an area of acoustic space, which cannot be inhabited due to physical constraints, and whose aural architecture is only accessible when mediated by recording technology. In this case, sound materials for the work were recorded exclusively with a 2nd order ambisonic microphone in an effort to capture and work with three-dimensional spatial detail at source. These recordings were processed using tools which catered for multichannel sources in order to embed the characteristics of the sources’s aural architecture in the development of new materials. This is not to say that the acoustic space captured in the recordings is retained in the processed sounds materials, but rather that it permeates, it informs the aural architecture of the resulting materials once the original has gone through processing.

O nome desta obra, Khemenu, deriva da mitologia egípcia e refere-se aos Ogdoad, um grupo de oito deuses primordiais cultuados no Egito Antigo. Era constituído por quatro casais masculinos e femininos, simbolizando o equilíbrio entre os elementos primários do cosmo. O conceito de um Ogdoad (grupo dos oito) também aparece no início do gnosticismo e na astronomia e cosmologia da Antiguidade (oito corpos celestes), assim como na mitologia chinesa (oito imortais). Oito também é o número de canais de uma gravação Ambissônica de segunda ordem (A Format), a técnica utilizada para capturar a matéria-prima da obra.
Khemenu faz parte de uma série de peças que exploram o conceito de microspaço auditivo – uma área do espaço acústico que não pode ser ocupada, por restrições físicas, e cuja arquitetura sonora é acessível somente quando mediada pela tecnologia de gravação. Neste caso, os materiais sonoros foram gravados exclusivamente com um microfone ambissônico de segunda ordem com o cuidado de capturar e trabalhar com o detalhe tri-dimensional na sua origem. Essas gravações foram processadas utilizando ferramentas que correspondiam a fontes multi-canal com o intuito de incutir as características da arquitetura auditiva original no desenvolvimento de novos materiais. Isto não quer dizer que o espaço acústico registado nas gravações é mantido nos sons processados, mas que ele permeia, que ele informa a arquitetura auditiva dos materiais resultantes assim que o original é processado.


Tiago JesusPiano Study 3 - Toccata [ca. 6']
Alex Waite, Piano

Os Piano Studies 1-3 inserem-se num ciclo de estudos que visam explorar as diversas possibilidades da escrita para o piano contemporâneo.
Piano Study 3 – Toccata, explora o virtuosismo, a agitação e exaltação da técnica para o piano, ao mesmo tempo que combina elementos performativos e visuais na sua secção central. Esta secção, pelo seu carácter silencioso e teatral, complementa a experiência da obra e criando um grande contraste com o resto da peça.
Este ciclo representa uma homenagem ao estudo contemporâneo para piano, bem como a alguns compositores dos quais admiro e respeito a sua escrita para piano. Estas peças surgem como estudos duplamente no sentido em que representam desafios técnicos de execução e apresentam propostas (estudos) para encontrar e definir uma escrita minha para o piano contemporâneo.


Adrian Moore (Noise Floor)Voices in the Dark (acusmática) [ca. 6']

A work bringing together dark and often violent vocal sounds that are trying to become. Sometimes we mix sounds as though we are giving agency to something and it is trying to speak to us. Voices in the dark - darkness in the voice. Voices in the dark was premiered on 9th October 2023 at the third Festival Contemporáneo 2023 del Festival Internacional de Música de Canarias.

Uma obra que reúne sons vocais sombrios e por vezes violentos que tentam tornar-se. Às vezes misturamos os sons como se estivéssemos a dar vazão a algo que estivesse tentando falar connosco. Vozes no escuro – escuridão na voz. Voices in the dark foi estreada em 9 de outubro de 2023 no terceiro Festival Contemporáneo 2023 del Festival Internacional de Música de Canarias.


Augusta Read-ThomasAvian Escapades [ca. 13']
Lizart Quintet
Juliana Sousa, flauta
Sofia Rosa, oboé
Tomás Mendes, clarinete
Rodrigo Vasques, fagote
Henrique Cimbron, trompa


Pedro Faria Gomes,  2 canções de The Ways of Times: Nell Barnes e The Ways of Time
Gonçalo Martins, barítono
Francisco Sassetti, piano


Dimitris Savva (Noise Floor)Watering (performance) [ca. 17']

"Watering" is a live-electronics sound performance that explores underwater sound pollution and its impact on the inhabitants of aquatic environments. Emerging from continuous artistic research into water sounds, the performance utilizes live manipulation and processing as integral elements. The sonic landscape unfolds through gestures in a water tank, complemented by tones generated by blowing air through a straw submerged in the tank. Hydrophone captures nuances, and live processing follows, facilitated by music software and MIDI controllers.
Guided by structured improvisations, 'Watering' intuitively explores dimensions: (1) unraveling the sonority, musicality, and performativity of water and air sounds, (2) empathizing with the voices of marine life, (3) immersing in the soundscape, (4) exploring transformative potential through real-time sound manipulation, and (5) allowing untamed soundscapes to be heard without the artist's intervention. These explorations unfold organically, often intertwining to create novel possibilities.
Engaging with 'Watering' invites audiences into an immersive experience inspiring empathy for threatened species. It underscores the vital role of empathy and sustainability in preserving the delicate balance of water and its natural ecosystems. This sonic journey prompts reflection on our relationship with the aquatic world, fostering a deeper connection with the unseen voices that echo beneath the waves.

“Watering” é uma performance sonora de eletrónica em tempo real que explora a poluição sonora submarina e o seu impacto nos habitantes dos meios aquáticos. Nascida da pesquisa artística contínua dos sons da água, a performance tem a manipulação ao vivo e processamento como elementos centrais. A paisagem sonora desdobra-se por gestos num tanque de água, complementada por tons gerados ao soprar por uma palhinha submersa no tanque. O Hydrofone captura as nuances, e o processamento em tempo real começa, facilitado por software e controladores MIDI. Guiado por improvisações estruturadas, “Watering” explora intuitivamente várias dimensões: (1) ao desdobrar a sonoridade, a musicalidade e performatividade dos sons da água e do ar; (2) ao mostrar empatia com as vozes da vida marinha; (3) ao imergir na paisagem sonora; (4) ao explorar o potencial transformador por meio da manipulação do som em tempo real e (5) ao permitir que paisagens sonoras selvagens sejam ouvidas sem a intervenção do artista. Essas explorações desdobram-se organicamente, muitas vezes entrelaçando-se a fim de criar possibilidades inéditas.
Interagir com “Watering” convida o pública a uma experiência imersiva que inspira empatia pelas espécies ameaçadas. Sublinha o papel vital da empatia e sustentabilidade em preservar o equilíbrio delicado da água e seus ecossistemas naturais. Esta jornada sonora incita a refletir sobre a nossa relação com o mundo aquático, fomentando uma conexão mais forte com as vozes invisíveis que ecoam sob as ondas.


Equipa Técnica:

João Machado
António Aguiar
Beatriz Ferreira
Miguel Nunes
José Resende
Luís Silva
Professor Sérgio Henriques, coordenação