Semana da Composição + Noise Floor 2024 | Programa 5ªF, 30 Maio

 5ª Feira, 30 de Maio

10h, Pequeno Auditório (Cesem-IPL) | Conferência
Slavomir Horinka, HAMU, Listening to Space as a Starting Point for Compositional Work

Gostaria de partilhar um artigo que se situa na intersecção entre a teoria da composição, a filosofia, a psicologia da perceção, a acústica e a minha própria investigação artística. Baseia-se em mais de uma década de investigação sobre a relação entre som e espaço na composição musical no Departamento de Composição da HAMU em Praga. O conceito-chave é a escuta, cujos significados em diferentes línguas e a conceção peculiar nas obras de vários autores (P. Schaeffer, E. Husserl, R. Barthes, J. L. Nancy, R. M. Schafer e outros) são comparados na primeira parte. Na minha conceção, a escuta é a chave para uma visão artística da realidade acústica através de uma experiência complexa, subjectiva e distinta do espaço sonoro. Na segunda parte, gostaria de explorar a relação entre a escuta e a criação composicional efectiva através das estratégias composicionais que emergem desta relação.


11h, Pequeno Auditório | Conferência / Workshop / Pequeno Concerto

Quarteto Vintage, “New Vintage” Iva Barbosa, clarinete soprano
João Moreira, clarinete soprano
José Eduardo Gomes, cor de basset
Ricardo Alves, clarinete baixo


Instalação Sonora de Ricardo Almeida,  Poltergeist | 15h - 19h, Sala 0.62

Poltergeist [noun]
“a noisy usually mischievous ghost held to be responsible for unexplained noises.” Originated by the coupling of the german words polter (to make noise) and geist (spirit).

“Poltergeist” is a 16-channel acousmatic interactive piece that contemplates the societal abyss forged by the ascension and dominance of texting culture, refleting on the depersonalization that pervades our exchanges: a message written by one individual is scarcely distinguishable from that of another, whether human or artificial. Everyday interactions thus become indistinguishable from encounters with abstract entities, similar to poltergeists.
This piece represents a continual interaction between the composer, the participant, and an entity driven by artificial intelligence, all engaging through both text and sound. In this arrangement, the smartphone serves as a medium, working alongside the loudspeakers to facilitate the exchange of communication that threads throughout the installation.

Poltergeist [substantivo]
“um fastasma barulhento e geralmente pernicioso, responsável por ruídos inexplicáveis”. Originado pela junção das palavras alemãs polter (fazer barulho) and geist (espírito).

"Poltergeist" é uma peça acusmática que contempla o abismo sociológico fabricado pela ascensão e domínio da cultura de instant messaging, refletindo a despersonalização presente na comunicação contemporânea: uma mensagem enviada por um indivíduo é escassamente distinguível da de outro, seja este humano ou artificial. As interações quotidianas tornam-se assim indistinguíveis de encontros com entidades abstratas, semelhantes a poltergeists.
Esta peça representa uma interação contínua entre o compositor, o participante e uma entidade movida por inteligência artificial, todos a comunicar através de texto e som. Neste arranjo, o smartphone atua como um meio, trabalhando em conjunto com os altifalantes para facilitar a comunicação que percorre durante a instalação.


Mais informações, notas de programa, Marcações em https://ricardoalmeida.art/



Concerto Final | 20h, Grande Auditório
Alex Waite, piano

Luís Neto da Costa: Rust

Francesco Gulic: Stormi

Pablo Andoni Gómez Olabarría: Manere

*curta pausa

Diogo Batista: Ficalho

Antonio La Spina: Ponti al Teléfono per l'Inziato II

Francisco Joaquim: Sweatshop Assembly Line

Alberto Piazza: Marmota Marmota


Equipa Técnica:

Lucas Granato
Beatriz Ferreira
Tiago Paulos
Tiago Soares
João Machado
Gabriela Marramaque
Rodrigo Santos
Professor Sérgio Henriques, coordenação