Peças Frescas 2025
PEÇAS FRESCAS 2025
27 e 28 de Fevereiro
Auditório do Liceu Camões em Lisboa
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O projecto Peças Frescas consiste na realização de concertos de estreia de obras de alunos do curso de composição da ESML, em contextos profissionais, fora da Escola.
Pretende-se promover a colaboração entre compositores, intérpretes e técnicos de som.
Criado em 2002, foram realizadas edições em diversos locais como o Teatro São Luiz, Teatro Nacional de São Carlos, Liceu Camões, entre outros.
Este ciclo procura possibilitar a partilha de nova música dos jovens compositores em formação em palcos de referência da cidade de Lisboa.
A entrada para os eventos é gratuita.
Coordenação: Professores Vasco Mendonça e Ana Seara
Organização: Bernardo Jordão, Chrystian Faroya, Luísa Basílio
Agradecimentos:
Direção ESML
Direção Produção ESML
Direção Liceu Camões
Ângela Lopes, Responsável Liceu Camões
João LaCueva, Diretor Técnico Liceu Camões
João Almeida, Diretor Antena 2
Apoio: Antena 2
Programa:
27 de Fevereiro - 16h
Bernardo Jordão - Sur la Forêt | flauta solo (Juliana Dias) | 6’
Poyan Ramezanpour- Slices of Silence II | flauta solo (Filipa Freire) | 5’
Vera Carvalho - Depus a máscara e vi-me ao espelho | piano solo (Pedro Branco) | 3’
Luísa Basílio - Nocturno | flauta (Juliana Dias) e piano (António Narciso) | 4’
Pedro Branco - Inverno | piano (Pedro Branco) e contralto (Filipa Santos) | 3’
Lucas Silva - Sossega coração | piano (Beatriz Pereira) e soprano (Maria João Pacheco) | 5’
Bárbara Franqueira - Reflections & Echoes | 5teto metais (NN Brass Quintet*) | 4’
Bernardo Jordão - Two Iberian Moods - I - Duskbreak | 5teto metais (NN Brass Quintet*) | 7’
Christian Faroya - Lunaire I e Stravaganza (2º andamento) | 10teto cordas (ClusterLab, direção - Carlos Marecos) | 5’ e 6’
Rose Roberts - A Musical Poem on Humanity | 10teto cordas (ClusterLab, direção - Carlos Marecos) | 10’
28 de Fevereiro - 16h
Pedro Pádua - Entre espaços | acusmática | 7’
Alexandre Vu - Estágio 1 | electrónica e violoncelo (violoncelo - Artur Alexandre) | 3’
Pedro Branco - O Guerreiro | clarinete solo (Alexandre Jesus) | 2’
Tomás Duarte - SONHO | guitarras (Francisco Alcobia e José Pratas), contrabaixo (Jacinta Ferreira) e bandolim (Tomás Duarte) | 8’
António Fonseca - Transfiguração (1º andamento) | 4teto de cordas (Margarita Kumpan e Maria Cutiño - violino, Nicole Correia - viola, Maria Gomes - violoncelo) | 5’
Nuno Castellanos - Quinteto para Clarineta | 4teto cordas (Margarita Kumpan e Maria Miguel - violino, Cláudia Correia - viola, Maria Gomes - violoncelo) e clarinete (Alexandre Jesus) | 5’
Tomás Duarte - Dobre | coro (Mariana Chaves - soprano, Inês Moura - soprano, Filipa Santos - alto, Raquel Rodrigues - alto, Tomás Duarte - tenor, Rodrigo Silva - tenor, Gonçalos Martins - baixo, José Chichorro - baixo | 3’
*NN Brass Quintet:
Guilherme Lopes, trompete
Óscar Lucas, trompete
Emma Morais, trompa
João Fausto Borges, trombone
Daniel Afonso, tuba
Notas de Programa:
Noturno
“Noturno”, como o próprio nome indica, é uma peça inspirada pela noite, precisamente por uma viagem de comboio no período noturno. De carácter simples, é uma peça para piano e flauta construída sob um ostinato, e divida em duas partes. Musicalmente, procurei uma fusão entre a escrita simples para piano e a sensação de transformação através da relação do tempo entre o piano e a flauta.
Luísa Basílio
Inverno
A partir de um poema original do compositor, foi construída esta peça que retrata o lado melancólico desta estação (“Inverno”), que, apesar da sua beleza, tem por costume isolar-nos pela inconveniência ou do frio ou da chuva, cujas gotas estão sempre presentes ao longo da obra, aparecendo inicialmente nos agudos “puros” do piano e terminando já nas profundezas “ásperas” do mesmo.
Pedro Branco
Sossega coração
Esta obra baseia-se em excertos do Poema no 3 “Sossega, coração!” do livro Novas Poesias Inéditas de Fernando Pessoa. Esta peça representa uma canção de embalar como se uma mãe estivesse a tentar acalmar o seu filho, pedindo ao coração deste que sossegue. Conseguimos perceber pelo início da obra que o coração do menino está acelerado até que a mãe começa a cantar e este começa a acalmar lentamente acabando por voltar a adormecer.
Lucas Silva
A Musical Poem on Humanity
A Musical Poem on Humanity is a meditation on our human condition. On its vast expanse of complexity and contradictions. On hope and despair, creation and destruction, kindness and cruelty, joy and sorrow.
Rose Roberts
Entre espaços
"Entre Espaços" é uma peça acusmática que explora a fluidez e a transição entre diferentes ambientes sonoros. Dentro da obra temos uma oscilação de lugares obtida através dos sons e das suas características. Devido a uma mudança constante de cenários, embora exista entre eles uma conexão através de sons comuns, o ouvinte é muitas vezes surpreendido pelo novo ambiente em que se vê imerso, tornando assim a obra bastante imprevisível e interessante.
Pedro Pádua
Estágio 1
Esta peça é baseada no 1o estágio do Ciclo do Sono. Este estágio está inserido na primeira fase do Ciclo do Sono, o Sono Leve, na qual o corpo não se apercebe ainda que está a começar a adormecer e é marcada por uma sensação de queda, movimentos físicos e, raramente, o abrir dos olhos. Nesta peça, a eletrónica funde-se com o violoncelo, criando uma linha melódica continua, que se vai perdendo ao longo da peça.
Alexandre Vü
O Guerreiro
“O Guerreiro” é uma peça curta para clarinete solo que retrata um cenário bélico, agitado e absurdo num só instrumento que, tendo em conta as suas limitações, tenta criar uma textura rica de várias camadas, desde os “rufos de tambor” ouvidos ao início da obra ás linhas melódicas que batalham entre si.
Pedro Branco
SONHO
“Sonho”, para contrabaixo, guitarra e bandolim, nasce do interesse pessoal de explorar as possibilidades de uma formação instrumental não muito utilizada, mas que muito tem para oferecer na sua junção. O seu
início pretende remeter a um estado de calma e serenidade, o momento em que o corpo descansa e dá lugar à mente, esta que é a ponte entre a realidade e aquilo a que chamamos, sonhos.
Tomás Duarte
Transfiguração
O artista contemporâneo é aquele que está em constante evolução e metamorfose, preso entre os clássicos atemporais e aquilo que poderá ser o futuro. São de constante mudança e incerteza os tempos em que vivemos. Tempos em que o brilho nos convida à cegueira, conferindo ao conhecimento o espectro da escuridão.
António Girão
Quinteto para clarineta
rien a dire
Nuno Castellanos
Reflections & Echoes
Reflections & Echoes explora um lado mais suave e contemplativo dos metais, criando uma atmosfera flutuante e introspetiva. Convida-nos a uma viagem por sonoridades delicadas e etéreas, que se transformam lentamente, flutuando entre os instrumentos e revelando-se em novas cores, como reflexos de luz.
Bárbara Franqueira
Two Iberian Moods - I - Duskbreak
Duskbreak é uma peça que faz parte de um conjunto de duas peças Two Iberian Moods. Esta peça, para quinteto de metais pretende explorar uma sonoridade de texturas que lentamente se vai alterando ao longo da peça. Duskbreak pretende invocar um momento de pausa ao anoitecer. Um nevoeiro, um céu nebuloso que lentamente se vai abrindo, deixando a lux passar.
Bernardo Jordão
Dobre
O poema de Fernando Pessoa, um dos muito perdidos entre papeis, encontrado e inserido numa das edições do “Livro do Desassossego”, na secção do prefácio, saltou-me à vista da primeira vez que o li, não só por nos transportar em poucas palavras para a mente do escritor, um eterno Ser deambulante entre o sonho e a vida, mas também por conter palavras que tornam a ação do poema extremamente real, procurei retratar isto então na peça que fiz, com o mesmo título do poema escrito numa folha de papel perdida, “Dobre”.
Tomás Duarte