Semana da Composição 2025

 Em 2025 celebramos a décima segunda edição da Semana da Composição. Trata-se de um evento anual organizado por alunos e professores de Composição da ESML - Escola Superior de Música de Lisboa, com atividades como workshops, conferências e apresentações musicais, privilegiando a música dos alunos e professores da ESML, mas também procurando incluir repertórios da música erudita dos séculos XX e XXI.

Toda a comunidade escolar e simpatizantes estão convidados a assistirem aos eventos promovidos no âmbito da Semana da Composição 2025.

                         Esta página será atualizada ao longo da semana!



Programa geral

 

dia 19, Conferências #1, 2ª feira, 11h - 13h - ESML - pequeno auditório

Eli Janoville; Iris Barmberger; Carolina Puntel; Moderação Carlos Marecos


dia 20, Conferências #2, 3ª feira, 11h - 13h - ESML - pequeno auditório

Marta Domingues; Ricardo Almeida; Mariana Vieira; Moderação Jaime Reis


dia 21, Conferências #3, 4ª feira, 11h - 13h - ESML - pequeno auditório

Corrina Bonshek, Invited Composer, PhD Western Sydney University; Moderação Carlos Caires


dia 22, Conferências #4, 5ª feira, 11h - 13h - ESML - pequeno auditório

Pedro Finisterra; Pedro Latas; Nuno d'Eça; Moderação Carlos Caires


dia 23, Conferências #5, 6ª feira, 11h - 13h - ESML - pequeno auditório

Örjan Sandred, Professor at the University of Manitoba Desautels Faculty of Music, Canada; Moderação Carlos Caires


———//——— 


dias 21 e 22instalação sonora, 4ª e 5ª feira, 15h - 18h - ESML - 0.62

"Lugares Invisíveis" - Carlos Caires


———//——— 


dia 19, concerto 1, 2ª feira, 20h - ESML - grande auditório

De Natura Sonorum (Incidences/résonances) - Bernard Parmegiani - Espacialização: Nuno d’Eça - Lab. Música Mista JLF

Quinteto com Piano - Pierre Jalbert (n. 1967) - 1. Mannheim Rocket; 2. Kyrie; 3. Scherzo; 4. Pulse

Ana Teresa Cordeiro, violino; Maria Matos, violino; Márcia Furtado, viola; Carolina Veneno, violoncelo; António Antunes, piano

Murmureln - Beatriz Ferreyra - Espacialização: Pedro Pádua Rodrigues - Lab. Música Mista JLF

Estágio 1 - Alexandre Vu - (Inérzio Macome, violoncelo)(Espacialização: Pedro Pádua Rodrigues) - Lab. Música Mista JLF

Memoria di Dafne, Marco Benetti (Acusmática); Espacialização: Nuno d’Eça

Foco no desfoque - Cristóvão Almeida (Mariana Flores, oboé) - Lab. Música Mista JLF

Estudo Acusmático - Cristóvão Almeida - Espacialização: Cristóvão Almeida - Lab. Música Mista JLF

Tempus Fugit - Mariana Flores (ensemble, candeeiro e máquina de escrever) - Lab. Música Mista JLF


dia 20, concerto 2, 3ª feira, 20h - ESML - grande auditório

Peças de Sinos (Tintinnabulum, 2024-25), excertos ca.10’; Sérgio Azevedo; 1. Campane; 2. Jubilate; 4. Sinos através da neblina; 7. Tintinnabulum; 8. A rebate; 10. Paisagem com sinos (Georgia O’Keeffe) - Sérgio Azevedo (Piano)

At the Edge of the World, Rose Roberts (quinteto metais- 100 caminhos): Carolina Alves - trompete; Hugo Assunção - trombone; João Moreira - trompete; Joaquim Rocha - trombone baixo; Luís Vieira - trompa

Há que ser rio, Diogo da Costa Ferreira; Voz e electrónica + Vídeo


dia 21, concerto 3, 4ª feira, 20h - ESML - grande auditório

Emphasen* [1992/2024] - Ulrich Schultheiss (n. 1956) *estreia absoluta da versão de 2024: 1.Tranquillo – più agitato – appassionato – più tranquillo; 2.Vivace – più agitato; 3.meno mosso; 4.molto leggiero - Trio ARO - Diogo Cocharra, clarinete; Adriana Gonçalves, violoncelo; Miguel Perdigão, piano

Morrinho, Pedro Mansilha Branco (Quinteto Sax) Sax. S. - Rodrigo Martins; Sax. A. - João Correia; Saxofone T. - Pedro Serra; Sax. B. - Nádia Santos; Solista Sax. S. - Joana Teixeira

No Feminino, Vera Carvalho (4 vozes) Inês Moura (S. 1), Inês de Matos (S. 2), Filipa Santos (A. 1) e Raquel Rodrigues (A. 2)

The Space Between Us - Corrina Bonshek (Austrália)

Orquestra de Câmara e electrónica stereo - 15 instrumentistas - Violinos: Cláudia Amaro, Julia Silva, Amanda Rodrigues, Afonso Figueiredo; Violas: Nicole Dias, Claudia Correia; Violoncelo: Ester Santos; Contrabaixo: Luís Ferreira; Flauta: Leonor Soares; Oboé: Miguel Martinho Dias; Clarinete: Catarina Crespo; Fagote: Leonor Dias; Saxofone: Martim Dias, Joana Ferreira , Beatriz esperanço, Viktor Lopes; Percussão: Rui Melo; Tomás Jesuíno 


dia 22, concerto 4, 5ª feira, 20h - ESML - grande auditório

dull wave of nostalgia, Iris Bramberger (String Quartet)

Salut du Mexique - Hans Tutschku (Acusmática) - Espacialização: António Girão Fonseca

Entre Espaços - Pedro Pádua Rodrigues (Acusmática) - Espacialização: Pedro Pádua Rodrigues

Desen Rasca - António Narciso (Piano); Piano: António Narciso

Sinais de fumo - António Girão Fonseca: 1. Martellato 2.Bucolico; piano: António Girão Fonseca

Ghazal - Voz, Electr. 8 Channel - Örjan Sandred; soprano: Inês Moura

ICE FOG: Sax (André Soares), Pno (António Narciso ), Electr. 4 Channel - Örjan Sandred 


dia 23, concerto 5, 6ª feira, 20h - ESML - grande auditório

Lamentos de Moura, Barbara João; Piano - Carolina Moura + Bailarina - Dânia Alves

Quinteto de Metais, Afonso Martins; Five Ways Quintet: Trompete - Inês Costa; Trompete - Daniel Veloso; Trompa - Tiago Pinheiro; Trombone - Óscar Ramos; Tuba - Miguel Cardoso;

A Musical Poem on Humanity, Rose Roberts, ClusterLab Ensemble: Violino - Catarina Baptista; Violino - Filipa Gouveia; Violino - Paula Galiana; Violino - Ye Xiuyi; Viola - João Gabriel; Viola - Kateryna Lidnova; Violoncelo - Carolina Veneno; Violoncelo - Francisca Marques; Contrabaixo - Vitor Silva + Direção - Carlos Marecos

Intermitências, Íris Virgílio, ClusterLab Ensemble

5 miniaturas, João Segura, (trio de cordas): Xiuyi Ye (violino); Dinis Campos (viola); Martin Barrios (violoncelo)

Caminho ao Céu, Carlos Marecos - ClusterLab XL ensemble - (IDI&CA's 3D PCM-AE)


dia 24, concerto 6, sábado, 11h-11h45 - IGL - Instituto Gregoriano de Lisboa 

Atividade pedagógica do Laboratório de Música Mista José Luís Ferreira da ESML, no IGL - Instituto Gregoriano de Lisboa; 11.00 - 11.45 - estreia de peças pedagógicas de António Girão Fonseca e Nuno d'Eça; classe das professoras do IGL: Maria José Barriga e Daniela Carvalho


dia 24, concerto 7, sábado, 20h - ESML - grande auditório

Tempo de Crescer, Barbara João; Piano Primo - Helena Loureiro; Piano Secondo - Barbara João

Piazonore , Alexej Gerassimez | Yi Huang - Vibrafone; a Piano

Concerto pour Vibraphone et Orchestre, 1st Movement, Emmanuel Séjourné

A Sul das Bermudas, Eduardo Afonso - ClusterLab Ensemble

Mantinha, Francisco Mendonça - ClusterLab Ensemble

Sono, Íris Virgílio, Francisco Mendonça, Yi Huang - ClusterLab Ensemble

future drowns, future gives, Iris Bramberger (3 perc+breather): Francisco Franca; Gustavo Silva; Inês Montoia; Yi Huan; Timpani / Voice; Conga Drum; Bass Drum; Breath

Sketches of Shifting Landscapes for string quartet and live electronic - Örjan Sandred ; Stenhammar Quartet: Peter Olofsson, Per Öman, Tony Bauer, Mats Olofsson.



partilha este qr code com um amigo!




Painel 1

Segunda feira 19, 11h

Eli Janoville, Iris Barmberger, Carolina Puntel


Sobre a obra "Miradouros"

Eli Janoville, Dout. UL-IPL


A obra "Miradouros" trata da paisagem sonora como um catalisador criativo e em constante mutação para a composição musical. Música aberta, semi-controlada e mista são alguns dos tópicos desse pequeno seminário que contará com a presença do sintetizador modular, partituras e análises para demonstrar como foram os processos criativos envoltos para a criação desse projeto.


Seeking out a Composition Methodology: Negotiating Hierarchies of

Knowledge

Iris Bramberger, MM ESML


Research Question: How can we, as musicians/composers, navigate hierarchies of knowledge present in (contemporary) classical music.

Synopsis: My paper, Seeking a Composition Methodology: Negotiating Hierarchies of Knowledge, discusses knowledge hierarchies in contemporary classical music and its preceding traditions. It aims to develop analytical tools that facilitate navigation of these hierarchies during the composition process without replicating them. I explore theories of the organisation of knowledge (Theorien der Organisation des Wissens) focusing on Pierre Bourdieu’s theories on social class, Walter Mignolo’s writings on decolonialism, ethnicity, and the impact of geographic location, Donna Haraway’s reflections on the roles of gender and the sciences, and Barbara Tomlinson’s contemplations/critiques on the previously mentioned theories through her concept of powerblindness. To explore musical tools that provide insight into reflecting on hierarchies of knowledge within music, I focus on two theories from music analysis that establish modes of critical structuring and engagement in the study of musical pieces. The first theory, which centers on analyzing contemporary classical music, is Reconceiving Structure in Contemporary Music: New Tools in Music Theory by Judy Lochhead. The second theory, Listening with a Feminist Ear: Soundwork in Bombay Cinema, by Pavitra Sundar, focuses on the cultural politics of sound and exemplifies this topic through Bombay cinema. Both texts seem to implicitly respond to hierarchies of knowledge in contemporary classical music and the injustices associated with them. By combining the framework for establishing hierarchies of knowledge with music theory, I show examples of how hierarchies of knowledge can occur in music. To discover alternatives to the music creation process and implicitly respond to hierarchies of knowledge, I propose the possibilities of slowness and non-linearity as explored by Linda Tuhiwai Smith in* Decolonizing Methodologies: Research and Indigenous Peoples* and Áine Mahon in* Towards Higher Education: Contemplation, Compassion, and the Ethics of Slowing Down*. By integrating the previously examined theories, I developed six criteria for analysis, illustrated by examples from Björk, Raven Chacon, Julius Eastman, Hatis Noit, Meredith Monk, and Nicole Lizée. These criteria assist in reflecting on our own viewpoints regarding the music we consume and/or create. Finally, I apply the same criteria to analyze my own compositions. While it may not be feasible to completely evade hierarchies of knowledge or find definitive answers to them, I hope that with these tools, I can contribute to a space where we can — rather than extinguishing anything — question our current positions, become deliberate and responsible co-creators of knowledge, and appreciate the interconnectedness of different ways of thinking. With this work, I aimed to create tools that enable me to make music consciously, attentively, and with awareness.


O overtone singing como uma ferramenta de expressão vocal: um percurso artístico entre a técnica e a performance

Carolina Puntel, Dout. UL-IPL


Esta investigação teórico-prática de Doutoramento em Artes tem como eixo teórico o overtone singing (OTS), técnica vocal na qual os harmónicos da voz são intensificados seletivamente, permitindo a perceção simultânea de dois tons distintos. O objetivo do estudo foi analisar o potencial do OTS como ferramenta técnica e expressiva no desenvolvimento performativo da voz, a partir da experiência prática, da criação artística e da observação dos seus efeitos sobre o timbre da voz falada. Uma das contribuições mais relevantes desta pesquisa foi a criação da performance EU NÃO ELA: uma investigação harmónica, que proporcionou um contexto para integrar o OTS como recurso estético num objeto artístico, a partir de uma experiência prática e partilhada. A obra foi concebida como um dispositivo performativo híbrido, combinando composições vocais originais, excertos do monólogo Not I de Samuel Beckett, projeções audiovisuais e manipulação sonora em tempo real.


Painel 2

Terça feira 20, 11h

Marta Domingues, Ricardo Almeida , Mariana Vieira


Gesto como Matéria Composicional: Dimensões Corporais e Performativas na Criação Instrumental e Electroacústica

Marta Domingues, MEM ESML


Ao longo do meu percurso como compositora, tenho procurado aprofundar a relação entre a prática da música acusmática e a música instrumental, explorando a reciprocidade entre o gesto, o som e o espaço. A partir das ideias de P. Schaeffer, D. Smalley, F. Bayle e A. Vande Gorne na música acusmática ou H. Lachenmann e P. Billone na música instrumental, tenho realizado uma investigação que explora o gesto como forma de escuta e construção — um fazer sensível que revela o som no próprio acto de o inventar. A prática composicional é aqui concebida como um corpo que escuta e que produz som, no qual a fisicalidade dos intérpretes, os sistemas de notação e os dispositivos electrónicos (controladores MIDI, altifalantes, microfones) são abordados não apenas como ferramentas técnicas, mas como entidades expressivas e performativas. Neste contexto, a composição afirma-se como um espaço híbrido, onde o gesto se transforma em som, e a escuta ativa se torna elemento estruturante do processo criativo. Trata-se, assim, de um percurso que procura expandir as possibilidades expressivas do gesto musical e afirmar a performance como um lugar de criação contínua.


Organismos Musicais Autónomos

Ricardo Almeida, MM ESML


A tradição europeia de música escrita ilustra-se na concepção de uma obra musical precisa e imutável, concebida para materializar com rigor a intenção do compositor. No entanto, ao contrário de outras formas artísticas como a escultura, a pintura ou o cinema, cujos artefactos finais consolidam-se num objeto estático, a realização da obra musical é, por natureza, mediada pelo intérprete. Adicionalmente, no domínio da música eletroacústica do século XXI, o computador surge não apenas como um mediador, mas como um agente capaz de integrar, refletir e transformar ativamente a obra. É neste contexto de plasticidade artística que se inscreve a criação de pontes entre a utilização de instrumentistas de jazz e as possibilidades proporcionadas por sistemas de machine learning, dando origem a organismos musicais autónomos.


Ecos de Lachenmann na composição contemporânea

Mariana Vieira, Dout. UL-IPL


No texto Philosophy of Composition – is there such a thing?, publicado em 2004, Helmut Lachenmann sintetiza algumas das ideias centrais que definiram o seu percurso composicional nas décadas de 1960 e 1970, como as “condições do material musical”, as “tipologias sonoras” e a “música concreta instrumental”. No final do artigo, introduz a noção de world-relation (relação-com-o-mundo), que propõe como um eixo fundamental da reflexão sobre música, ainda que assumidamente inacabado enquanto conceito teórico. Na sua perspetiva, esta ideia deve ser entendida de forma ampla, abrangendo 'qualquer tipo de arquétipo que experienciamos e que é evocável composicionalmente'. Nesta comunicação, procuro identificar padrões emergentes e estratégias através das quais compositores contemporâneos se relacionam com esta noção, refletindo também sobre o modo como esta tem influenciado a minha própria prática composicional. Propõe-se, por fim, uma organização preliminar do repertório analisado.


Conferência

Quarta feira 21, 11h


Sound, site and nature in the music of Corrina Bonshek

Corrina Bonshek, Invited Composer, PhD Western Sydney University


Australia composer Dr Corrina Bonshek uses field recordings and nature immersion as a creative trigger for her score creation, collaborations and improvisations. Corrina explains how listening to nature has changed her practice including how she approaches space, time, and the holding of opposites within a deeper unity.



Painel 3

Quinta feira 22, 11h

Pedro Finisterra, Pedro Latas, Nuno d'Eça


(Un)Equal Tunings: Ideias sobre notação, sistemas de afinação, entoação instrumental e microtonalidade

Pedro Finisterra, Phd Guildhall School of Music & Drama, Diplomado da ESML


Partindo das ideias de James Tenney, Marc Sabat e James Murray Barbour, bem como as técnicas de entoação dos violinistas Giuseppe Tartini, Bartolomeo Campagnoli, Joseph Joaquim, Louis Spohr, François-Antoine Habeneck e do violoncelista Pablo Casals, nesta apresentação de carácter explorativo, baseada na minha investigação de doutoramento, será proposto o estabelecimento de um modelo que interliga o sistema de notação cromático ocidental, sistemas de afinação e temperamentos históricos, práticas de entoação performativas modernas (particularmente de instrumentos de corda) e perceção intervalar.

Considerações serão tecidas sobre como este modelo poderá ser expandido para englobar uma variedade de sistemas microtonais (incluindo afinações iguais alternativas ao temperamento igual de 12 tons e entoação justa) e como tais sistemas poderão ser adaptados para compor para performers de instrumentos de música de concerto, particularmente através do uso de “arredondamentos de intervalos” baseado na prática composicional de compositores associados ao “espectralismo”, como Gérard Grisey e Tristan Murail. Tal será feito recorrendo a ferramentas como o “Equal Tuning Lab”, “Global “Properties of EDOs” e o Lumatone; o primeiro sendo um software de apoio à composição que estou a desenvolver em Max/MSP para tocar, transcrever para notação musical e comparar visualmente uma variedade de sistemas de afinação e rácios de entoação justa; o segundo sendo uma base de dados que complementa o Equal Tuning Lab, e que engloba estes vários sistemas em diversas “famílias” de práticas de afinação, tendo em conta as suas características intervalares; e a terceira sendo um inovador teclado MIDI genérico e isomórfico que, conjuntamente com software especializado, permite o mapeamento e performance de quase qualquer sistema de afinação concebível.

Esta apresentação será acompanhada de excertos da minha prática de composição e de exemplos tocados no Lumatone usando os vários sistemas de afinação discutidos nesta apresentação, muitas vezes simulando práticas de entoação de instrumentos de cordas.


Language-Emdodiment-Solidarity

Pedro Latas


Comunicação, embodiment e compaixão através da lente da tecnologia digital são temas centrais no meu trabalho artístico. Não é de surpreender que me tenha interessado pelo estudo da língua como objeto artístico e como veículo para realizar atos de solidariedade. Ao aprender uma língua, não nos limitamos a reproduzir sons e fonemas, mas interiorizamos ideias, cultura, memórias e lutas de um grupo de pessoas. Língua controla narrativas de opressão (muitas vezes impostas por poderes políticos) e funciona também como um indicador de pertença a um grupo social específico. Na comunidade queer podemos encontrar muitos esforços para criar um léxico que reflecte existências não-normativas. A minha investigação artística visa aprender com esforços colectivos feitos ou que estão a decorrer no domínio da língua/comunicação e solidariedade.

Esta apresentação fará um resumo do meu trabalho artístico sob o título Language Embodiment-Solidarity, focando-se no meu trabalho feito até agora, incluíndo peças para ensemble, electrónica em tempo- real e performances a solo com sensores.


Integração da electrónica como ferramenta composicional e de análise no âmbito da disciplina de Análise e Técnicas de Composição

Nuno d’Eça, MEM ESML


Nesta conferência, será apresentada uma abordagem pedagógica desenvolvida com alunos do ensino artístico especializado em música, centrada na integração da electrónica como ferramenta composicional e de análise no âmbito da disciplina de Análise e Técnicas de Composição. Através do uso de ferramentas tecnológicas como softwares de análise espectral (Spear), programação visual (Max e PlugData) e de captação e edição de áudio (Reaper) e do uso de dispositivos de hardware como arduinos, controladores MIDI e sensores de movimento, os alunos são convidados a explorar novas possibilidades técnicas e estéticas, normalmente não abordadas ao longo do seu percurso académico musical. Esta abordagem tem surtido nos alunos um aumento significativo no seu interesse por estas práticas musicais, bem como pelo repertório contemporâneo, promovendo assim um maior sentido crítico e uma escuta mais atenta às linguagens musicais do século XXI. Serão assim partilhados exemplos do trabalho dos alunos, bem como reflexões sobre os desafios e benefícios deste tipo de abordagem no ensino artístico especializado em música (na disciplina de Análise e Técnicas de Composição e não só).



Conferência

sexta feira 23, 11h


Integrating Electronic Music in Acoustic Performances

Örjan Sandred, Professor at the University of Manitoba Desautels Faculty of Music, Canada


This talk explores the integration of electronic elements within acoustic performances, using three compositions scheduled for performance during the week as case studies. It will illustrate how the electronic voice can enhance and reinforce core musical ideas, not as an added layer, but as an active, expressive force. Through real-time interaction and textural integration, electronic sounds become part of the acoustic fabric . The presentation aims to offer a personal perspective on musical expression, highlighting how electronic and acoustic elements together can shape a musical idea.


———//——— ———//——— ———//——— 

Equipa técnica:


DIA 1 SDC

Coordenador Técnico: Prof. Sérgio Henriques

Equipa técnica de som:

•⁠  ⁠Responsável técnico do dia: Francisco Mendonça

•⁠  ⁠Front of House: Mariana Barros, João Baptista, Mariana Martins, João Proença

•⁠  ⁠Responsável pela mesa de espacialização: Gabriela Marramaque

•⁠  ⁠Técnicos de Palco: José Resende, Rodrigo Santos

Operação de Vídeo: Gabriela Marramaque


DIA 2 SDC:

Coordenador Técnico: Prof. Sérgio Henriques

Equipa técnica de som:

•⁠  ⁠Responsável técnico do dia: Miguel Nunes

•⁠  ⁠Front of House: Mariana Martins, José Resende, Francisco Mendonça, João Proença, Santiago Silva

•⁠  ⁠Espacialização: Paula Galiana

•⁠  ⁠Técnico de Palco: Guilherme Botelho

Operação de Vídeo: Gabriela Marramaque

Equipa de luz:

•⁠  ⁠Técnico principal: Iris Bramberger

•⁠  ⁠Assistência: Mariana Barros


DIA 3 SDC:

Coordenador Técnico: Prof. Sérgio Henriques

Equipa técnica de som:

•⁠  ⁠Responsável técnico do dia: João Baptista

•⁠  ⁠Front of House: João Proença, Daniel Borda D'Água e Miguel Nunes 

•⁠  ⁠Responsável pela mesa de espacialização: Rodrigo Santos

•⁠  ⁠Técnicos de Palco: Mariana Martins e Santiago Silva


DIA 4 SDC:

Coordenador Técnico: Prof. Sérgio Henriques 

Equipa técnica de som: 

•⁠  ⁠Responsável técnico do dia: Rodrigo Santos e Daniel Borda D'Água

•⁠  ⁠Front of house: Mariana Martins, João Proença e Santiago Silva

•⁠  ⁠Responsável pela mesa de espacialização: Francisco Mendonça

•⁠  ⁠Técnicos de Palco - Miguel Nunes


DIA 5 SDC:

Coordenador Técnico: Prof. Sérgio Henriques 

Equipa técnica de som:

•⁠  ⁠Responsável técnico do dia: Mariana Barros

•⁠  ⁠Front of house: Rodrigo Santos e Guilherme Botelho

•⁠  ⁠Espacialização: José Resende

•⁠  ⁠Técnicos de Palco:  Francisco Mendonça

•⁠  ⁠Operação de Vídeo - Gabriela Marramaque


DIA 6 SDC:

Coordenador Técnico: Prof. Sérgio Henriques 

Equipa técnica de som:

•⁠  ⁠Responsável técnico do dia: Guilherme Botelho

•⁠  ⁠Front of house: Gabriela Marramaque e João Proença 

•⁠  ⁠Espacialização: Miguel Nunes

•⁠  ⁠Técnicos de palco: Francisco Mendonça